Segundo a BBC, Um protótipo que as recolhe energia dos batimentos cardíacos promete substituir a utilização de baterias em implantes de dispositivos médicos, como pacemakers. Em testes preliminares, a batida natural do coração produz o movimento suficiente para gerar 10 vezes a quantidade de energia necessária para um pacemaker funcionar.

A pesquisa foi liderada pelo professor Dan Inman, presidente do Departamento de Engenharia Aeroespacial na Universidade de Michigan, como um spin-off de trabalho patrocinado pela Força Aérea dos EUA para alimentar energeticamente sensores sem fio em asas de aviões não tripulados. O investigador e principal autor do estudo Dr. M. Amin Karami apresentou o trabalho este ano no American Heart Association Scientific Sessions.

A aplicação médica da pesquisa pode muito bem ser uma mina de ouro para alimentar dispositivos implantáveis.
 
O Professor Inman afirmou que as pessoas dependentes de pacemakers têm de ser operados a cada sete anos. Se o paciente inicial tem apenas dois anos, será sujeito a talvez 10 intervenções cirúrgicas de coração aberto, o que além de caro, é também bastante doloroso. Ele acrescentou: "Potencialmente, será precisa apenasr uma operação para instalação inicial de um pacemaker".
 
Utilizando componentes piezoeléctricos e imans, o aparelho converte a energia a energia do movimento em energia elétrica. Então, a cada batimento cardíaco, a energia que seria perdida essencialmente sob a forma de calor, seriam usada para alimentar o pacemaker. O equipamento utiliza os magnetos para aumentar a produção de energia, a fim de compensar as variações na taxa de coração, de modo que ele é executado continuamente em 20 batimentos por minuto, ou mesmo 600, de acordo com Karami.
 
Inman disse: "As baterias são dispositivos muito desagradáveis para implantar dentro do corpo humano, já os materiais de colheita são um pouco mais benignos, por isso são também mais seguros.". Além disso, o dispositivo apresenta dimensões também reduzidas, cerca de metade do tamanho das baterias utilizadas actualmente.
 
O ajuste fino do dispositivo irá ser realizado por meio de estudos em animais e a medição da energia de vibração de um coração humano durante  cirurgias regulares de coração aberto. O dispositivo deverá, então, ser incorporado em pacemakers comerciais e passar por diversos testes de segurança e fiabilidade, seguido por ensaios clínicos para demonstrar que ele funciona como pretendido implantado em pessoas nas suas vidas do dia-a-dia.
 
Por outras palavras, ainda há um percurso de alguns anos a percorrer, mas esta pesquisa é certamente um avanço importante para a medicina no futuro.