A APPPCDI’S integra o projeto “MAIS PARTICIPAÇÃO, melhor saúde” que, ao longo do último ano participou no desenvolvimento da «Carta para a Participação Pública em Saúde», a qual pretende promover a participação das pessoas que vivem com ou sem doença e dos seus representantes na tomada de decisão em saúde, tanto a nível político, como institucional.

 A participação dos/as cidadãos/ãs, pessoas com ou sem doença, e das organizações que os/as representam é, tal como o direito à proteção da saúde, um direito fundamental, consagrado na Constituição da República Portuguesa.

Para além do direito à participação, o contributo dos/as cidadãos/ãs, enquanto pessoas que vivem com doença, utentes dos serviços de saúde ou consumidores de cuidados de saúde, e das organizações que os/ as representam é extremamente relevante e, por isso, indispensável. A experiência adquirida sobre a doença, os cuidados de saúde e as instituições de saúde, dão-lhes um conhecimento único, com o qual podem contribuir para a tomada de decisão em saúde.

A participação dos cidadãos/ãs e das organizações representativas permite ainda adequar os cuidados de saúde às suas prioridades e necessidades, aumentando a qualidade da tomada de decisão, contribuindo para melhores resultados em saúde e reforçando também a legitimidade e a transparência dos processos de decisão.

Recentemente, o projeto “MAIS PARTICIPAÇÃO, melhor saúde” promoveu um inquérito sobre participação em saúde, com mais de 600 cidadãos/ãs e 68 organizações de pessoas com doença, utentes de saúde e consumidores. Foi unânime a concordância com o envolvimento das pessoas que vivem com doença, mas também com a necessidade de ultrapassar as barreiras existentes.

Para que, em Portugal, o envolvimento efetivo dos/as cidadãos/ãs na tomada de decisão em saúde seja uma realidade solicitamos que seja promovida uma iniciativa legislativa que institua a “Carta para a Participação Pública em Saúde” (disponível em www.participacaosaude.com/carta-participacao-publica-em-saude), da qual são signatárias muitas organizações de pessoas com e sem doença e várias cidadãos/ãs com intervenção reconhecida na área da saúde e da participação pública.