No âmbito da campanha “Bate, bate coração” decorreu na típica aldeia de Alte, em Loulé, o 1º Encontro Nacional de Portadores de Cardioversores-Desfibrilhadores Implantáveis (CDI´s).

A iniciativa teve como principal finalidade promover a troca de experiências, sentimentos e preocupações entre pessoas que são portadores destes dispositivos.

Os participantes, oriundos da grande Lisboa e Algarve, foram a unânimes ao dizer que este 1º encontro foi um grande sucesso. Tiveram aqui a oportunidade de falar pela 1ª vez de certos assuntos que lhes eram tabu, uma vez que haviam no encontro pessoas que compreendiam o que diziam por já terem passado pela mesma situação.

Embora com um reduzido número de participantes, o que se percebe pelo curto período de divulgação e pelo pequeno número de pessoas com CDI’s em Portugal, o encontro ocupou toda a tarde, tendo terminado já com o pôr de Sol a decorrer. Durante o encontro, houve ainda oportunidade de saborear alguns pratos bem deliciosos, leitão no espeto, caracóis, bolos caseiros, tudo isto no maravilhoso parque de merendas da Fonte Pequena, bem junto à Ribeira de Alte, repleta de peixes e de patos.

Foram muitos os temas abordados. Substituição do CDI, morte súbita, arritmias cardíacas, palpitações, desmaios, fadiga, esforço físico, stress, tonturas, ansiedade, entre outros. Dentro de todos, o tema mais discutido e que levantou alguma preocupação foi sem dúvida os cuidados hospitalares. Talvez por falta de profissionais de saúde nos hospitais, o certo é que as pessoas portadoras de CDI, antes e depois da intervenção cirúrgica, sentem necessidade de algum apoio, e muitas das vezes, só na hora é que são dadas informações acerca dos procedimentos. Também a forma como são transmitidos certos dados clínicos merece algum cuidado pela parte destes profissionais.

No âmbito desta temática foram igualmente discutidas diversas técnicas utilizadas para ajudar a ultrapassar e controlar parte do problema. Para Francisco, a maior preocupação é saber controlar a ansiedade. Ioga, meditação, são algumas das técnicas utilizadas por Rita Frazão.

Esteve presente também uma aluna do curso de enfermagem, uma das autoras do artigo publicado no Boletim Informativo nº8 da APPPC, que nos esclareceu sobre alguns aspectos relacionados com o tema abordado.

A satisfação foi a impressão final, e os resultados não poderiam ter sido melhores. Foi para todos nós uma tarde muito positiva. A partilha de experiências foi de facto muito importante. Saímos todos com grandes sorrisos e com a vontade de fazer mais encontros deste tipo.

O encontro terminou com um passeio pelas ruas da aldeia, onde se observou as características da aldeia serrana, típica do interior algarvio e bem longe da confusão do litoral.

Por: Thierry Martins.


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